domingo, 2 de agosto de 2009

JORNALISMO E SENSACIONALISMO


O objetivo do jornalismo é informar a sociedade sobre os fatos relevantes de interesse público com transparência e independência editorial tendo como base a imparcialidade.
O sensacionalismo surgiu na imprensa como descaracterizador da ideologia jornalística colocando jornalismo e entretenimento no mesmo patamar.
O apelo emocional, através da exposição de corpos mutilados ou conflitos familiares, acompanhados de melodias melancólicas e estúpidos comentários feitos por apresentadores é uma brilhante jogada de marketing adotada por alguns programas jornalísticos e aprovada pelo grande público.
O telespectador, grande incentivador do jornalismo irresponsável, desconhece a distinção entre jornalismo e entretenimento, fato e ficção, e é a partir dessa ignorância que a grande massa torna-se refém das ideologias de grandes grupos televisivos, dando credibilidade a uma série de imposturas éticas construtoras do jornalismo irresponsável.
O sensacionalismo da notícia e a abordagem de temas irrelevantes (sem interesse público), são práticas antiéticas dentro da comunicação informativa, já que estas fogem às regras básicas da teoria da comunicação; daí julga-se
inadmissível que qualquer programa de caráter jornalístico utilize, por exemplo, uma parte da programação para falar de um reality show, no momento em que dezenas de temas de interesse da sociedade podem estar sendo abordados.
Os canais de televisão aberta são concessões outorgadas pelo Estado, ou seja, as redes de televisão utilizam um espaço público para lucrar e manipular a sociedade com suas
ideologias, mostrando desde os preconceitos impregnados nas suas novelas até a parcialidade colocada nas notícias com o intuito de induzir o conhecimento do público. È inequívoca a necessidade da atualização das leis aplicadas ao setor de comunicação, para que a partir daí, se resgate na imprensa a imparcialidade nas discussões e informações, distanciando o sensacionalismo da esfera jornalística no Brasil.

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